O cinema como ferramenta de transformação social
Por Lilyan Horst
Desde o surgimento do cinematógrafo, com os irmãos Lumiére, em 1895, o cinema vem passando por mudanças, seja devido às evoluções das tecnologias, ou pelas abordagens e temáticas trazidas. Por meio do cinema, pode-se contar histórias de maneiras incomparáveis.
Com a magia das imagens em movimento e edições, podemos ser transportados para épocas distantes, explorar mundos fantásticos e sobrenaturais e, ainda, nos conectar com as experiências humanas, com retratações de histórias reais. Cada filme é uma janela para novas perspectivas, um convite para refletir sobre questões sociais, políticas e existenciais.
Diretores, roteiristas, atores e técnicos colaboram para criar obras que não apenas entretêm, mas também inspiram, educam e provocam o debate. Ao retratar diferentes realidades e experiências humanas, o cinema nos convida a confrontar nossos preconceitos, abrir nossas mentes para novas ideias e abraçar a diversidade.
Assim, enquanto celebramos a rica história e o impacto duradouro do cinema, é inegável o reconhecimento de sua importância contínua como uma forma de arte influente e transformadora. Que continuemos a valorizar e apoiar o cinema em todas as suas formas, garantindo que suas histórias continuem a iluminar, educar e inspirar gerações futuras.
Os filmes abordados nesta segunda edição do Meridiano mostram diferentes temáticas, tornando-se ferramentas de transformação social, por meio da reflexão gerada. Por exemplo, com o filme Os delírios de consumo de Becky Bloom (2009), nossas repórteres abordam o consumismo exacerbado. Já o filme documentário Guarapuava 1810 (2010) traz fatos e relatos reais da importância de valorizar e retratar nossas memórias, como forma de preservar nossas raízes. Em Escritores da Liberdade (2007), é possível apontar fatos sobre o papel do educador, tema de outra reportagem desta edição, de forma geral, todo filme pode trazer reflexões, inclusive obras infantis, como Universidade Monstros (2013), que permite discutir sobre o bullying nas escolas, tema que você também confere no especial do Meridiano.
O universo do cinema tem papel fundamental em abrir espaço para novas discussões, e ainda, quebrar tabus. A transformação social se dá a partir do momento em que um novo debate é aberto, trazendo brechas para questões sociais de todos os segmentos, com o objetivo de gerar consciência e inclusão. Esta é a intenção do Meridiano. Que cada reportagem desempenhe um papel de agente transformador, boa leitura!