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Além da lente

Ana Mattos

A fotografia como forma de cura para Dani Leela

             A fotografia está presente na vida de Dani Leela desde de muito nova. Ela usa da sua arte para curar as próprias cicatrizes, além de se cuidar e se amar, mostra para outras mulheres como é importante ter amor próprio. A fotografia é um legado de vida para Dani. Em meio a pandemia da covid-19, Dani descobriu que estava doente. O câncer de mama foi diagnosticado com o autoexame, quando sentiu em seu peito uma textura estranha, lhe fazendo sentir que algo não estava normal consigo mesma. Toda essa situação causou insegurança e medo. Enfrentar uma doença silenciosa que chega sem avisar, que não tem como correr faz o ser humano se sentir incapaz e pequeno perante ao problema. Dani sempre buscou se manter forte perante a situação, embora a insegurança tenha acompanhado o diagnóstico, sempre com pensamentos positivos acreditou que aquilo tudo iria passar: “soluções começaram a aparecer uma a uma, e essa rede foi fundamental para minha recuperação”, argumenta.

              Dani passou por todas as fases do tratamento, teve seus altos e baixos e conseguiu vencer o câncer se tornando mais forte do que imaginava. Depois da doença usou o que mais ama para auxiliar outras mulheres durante o processo de tratamento. Criou projetos que refletem suas experiências e dores, como o “Feminino Essencial”, em que fotografa mulheres em harmonia com a natureza, e o “Clã das Cicatrizes”, que aborda as dores silenciosas do tratamento do câncer de mama. “Esses projetos são uma forma de reconexão e arteterapia, onde a dor se transforma em força e união”, ressalta.

               Dani buscou olhar além da lente, trazer para sua vida uma forma de transformar a dor em arte, se conectando com pessoas que passam pelo que ela já passou, influenciando mulheres a lutarem e se sentirem amadas, lhes mostrando como é importante viver. “Vivam intensamente, com amor e responsabilidade. Usem sua liberdade para serem quem realmente são. Cuidem-se e busquem experiências que contribuam para uma vida plena. A história dela é um lembrete de que, mesmo nas adversidades, a arte e a conexão humana podem ser fonte de luz e esperança”, finaliza Dani Leela.

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Harmonia e amor pela vida. Foto: Arquivo pessoal

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Veja além da sua lente. Foto: Arquivo pessoal

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